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Boardgames e Team Building

Atualizado: 16 de mai. de 2018

Boardgames e Team Building. Uma abordagem para a Gestão de Projetos.


Quando estudamos a disciplina de Gerência de Projetos, um dos tópicos abordados é a gestão de times e, com a popularização das metodologias ágeis, o assunto fica ainda mais em voga.


Nas metodologias ágeis, o time se torna integralmente responsável por suas decisões. São chamados de times “self-organized”, aonde estes decidem como quebrar as tarefas para atingir os objetivos do projeto e então são empoderados pelas organizações em como vão gerenciar as entregas. Entregas estas que devem estar alinhadas com os objetivos de negócio... a visão do projeto, claro.


No documento do Manifesto ágil, podemos ver dois tópicos interessantes sobre o tema:

  1. Pessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto.

  2. Construa projetos em torno de indivíduos motivados. Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalho.

Igualmente o PMBOK aborda, de acordo com Bernie Roseke, o tema da seguinte forma. Dentro das suas áreas de conhecimento, o “Project Human Resource Management” talvez seja o que mais se adeque ao tema. Aqui ele reforça que parte das responsabilidades de um gerente de projetos é planejar como e endereçar conflitos que possam ocorrer dentro do projeto. Sejam eles dentro do time ou inclusive com indivíduos externos (stakeholders).


Também vemos que parte da responsabilidade de um Gerente de Projetos é desenvolver e gerenciar sua equipe, seja através de avaliações, atividades de “team building” e reconhecimento, por exemplo. É necessário então antever e responder às necessidades de desenvolvimento sejam elas técnicas ou interpessoais.


Como os boardgames podem, então colaborar com a Gerência de Projetos?


Uma das vantagens dos boardgames é oferecer uma possibilidade de explorar as percepções alheias de uma forma amigável. Favorecer uma troca de estímulos e percepções na mesa e por fim criar vínculos fortes entre aquelas pessoas.


Ora, se explicamos que nas metodologias ágeis, a interação dos participantes tem grande valor, então a criação e/ou reforço desta conexão entre os membros das equipes passam a ser vantajosas. Os participantes, justamente por desenvolverem estas conexões criadas na mesa de jogo, podem passar a compreender melhor como o outro pensa, reage e organiza as suas estratégias. Cria-se um ambiente positivo na equipe, amigável, de confiança, aonde as pessoas se sentem mais à vontade para expor suas idéias e também mais abertura para ouvir o colega.


Igualmente, pelo PMBOK, os boardgames se encaixariam no ítem de “team building” e no desenvolvimento das relações interpessoais. Seja pelos exemplos citados anteriormente, ou pelas questões pedagógicas de “saber aguardar sua vez”, “não interromper”, “aguardar o outro finalizar seu raciocínio” e também não pré-julgar.


Entendendo como as equipes se formam e se desenvolvem, percebemos que há vários estágios no processo. Observe:

  • Forming – Estágio inicial, aonde as pessoas se conhecem e entendem um pouco melhor o que é o projeto e o que é esperado delas. Normalmente as pessoas se dão bem e não há conflitos. O líder tem um papel mais crucial e dominante.

  • Storming – Aqui os conflitos aparecem. Incluindo o questionamento da liderança. Os conflitos podem ser gerados por incompreensão das funções esperadas, da reatividade às tarefas ou ainda dos diferentes estilos de trabalho e características pessoais.

  • Norming – Após o entendimento do outro, os times começam a resolver seus conflitos e entram nesta fase para então progredir ao “Performing”.

  • Performing – Aqui o time entra no momento mais integrado e cuja performance é otimizada. O foco é manter o desenvolvimento do time.

  • Adjourning – Esta fase é a de separação. Quando o projeto finaliza e o time é redistribuído em outras atividades e projetos.


Sendo assim, pessoalmente acredito que o uso do boardgame em atividades de “team building” - especialmente nas fases iniciais - poderia criar uma base sólida e eventualmente reduzir as tensões de “Storming” e manter a união durante “Norming” e “Performing”.


Para enfim encarar, todos à mesa, com as hierarquias do ambiente de trabalho planificadas, remover nossas armaduras e criar vínculos reais, com pessoas reais, duradouros!


Alexandre Antabi é Gerente de Projetos, PMP e também certificado pela ScrumAlliance como CSM. Um entusiasta dos boardgames e sócio da Drayke´s Cave Pub!


Referencias:

https://www.scrum.org/resources/blog/about-self-organizing-teams – 15/04/2018

http://agilemanifesto.org/iso/ptbr/principles.html – 15/04/2018

http://www.projectengineer.net/project-human-resource-management-according-to-the-pmbok/ - 15/04/2018

https://www.mindtools.com/pages/article/newLDR_86.htm – 15/04/2018

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