Boardgames e Tecnologia? Tudo a ver!
Vivemos hoje num mundo hiperconectado onde é difícil ver algum mercado aonde a tecnologia não esteja presente. Desde a padaria com sistema de cartela às “recentes” iniciativas de Elon Musk e Richard Branson de explorar o espaço. Tecnologias que estão ao nosso alcançe, seja pelos nossos smartphones ou pela “facilidade” de obter serviços na nuvem para uma nova startup.
Há alguns anos atrás, uma reportagem no site Tecmundo1 trazia algumas características que seriam necessárias ao profissional de TI do “futuro”... ressalto aqui as que têm relevância com o artigo:
É preciso liderar por meio da inovação.....; Experimentação e interação entre pontos aparentemente contrários deverão conduzir o “problema” a uma solução específica.
Podemos imediatamente elaborar um relação direta entre os boardgames e os dois pontos acima citados. Cada vez que você se senta para jogar uma partida, há inúmeras variáveis presentes e desconhecidas:
As cartas que você recebeu
O perfil de quem está jogando contigo
O humor, o emocional dos envolvidos
O(s) interesse(s) e objetivo(s) dos envolvidos
Enfim, uma multitude de possibilidades que serão desvendadas no decorrer da partida. Tendo isto em mente, quando jogamos exercitamos nosso lado criativo... nos colocamos e imaginamos nós mesmos atuando como um personagem e traçamos uma estratégia de como atingir os nossos objetivos. Mas se tudo der errado na mesa: “Pivotamos”! Se nós perdemos um objetivo, talvez a gente queira agora apenas “implicar” com o parceiro... ou seja, o cenário muda e você precisa se adaptar.
E o que é a inovação? Não precisamos ser o “Professor Pardal” para inovar. Não é necessário criar uma coisa absolutamente nova. A inovação pode ocorrer simplesmente pelo encontrar alternativas de fazer o corriqueiro de uma forma diferente. E para chegarmos a isso, contamos com a criatividade. Nos boardgames, exercitamos a nossa criatividade e as capacidades de antever cenários ainda não revelados. Experimentamos o quanto nossos “oponentes” aceitam nossos blefes e testamos alternativas para atingir os nossos objetivos.
Numa reportagem do Portal EM2, extraio duas afirmações:
“Tem de ir além da qualidade e do comprometimento com seu processo de trabalho, percebendo a interdependência entre as suas atividades e a de outros profissionais e processos dentro da organização, com efetivo impacto no negócio.”
Rúbria Coutinho conta que, na sua experiência como consultora, tem percebido a crescente demanda pelo desenvolvimento das competências emocionais – autoconhecimento e capacidade de lidar com o outro; prontidão para a mudança e para o reposicionamento pessoal frente às transformações organizacionais e sociais; visão e atuação sistêmica – que ultrapassa a competência técnica em uma disciplina específica, somando as diferentes competências e criando novos significados.
Ora, entender os objetivos dos diversos personagens do jogo, faz parte da partida. Entender que você não está só e que há objetivos complementares e conflitantes, faz parte! E só terá sucesso se souber balancear os seus interesses com os dos demais participantes, seja num cooperativo ou competitivo. No cooperativo, se você pensar só em você, a equipe vai falhar sem dúvida alguma. E no competitivo idem! Tão focado em si que esquece as variáveis externas e minimiza a estratégia do oponente... os boardgames nos ajudam a praticar estes “soft skills” e obter uma visão macro do problema.
E você, ainda acha que boardgame é brincadeira de criança?
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Fontes:
1 - Tecmundo: https://www.tecmundo.com.br/futuro/44642-qual-e-o-perfil-do-profissional-do-futuro-.htm – 18/04/2018